Aedes

Focos do Aedes aumentam 192,5% em Pelotas

No ano passado,117 focos foram registrados, número que é 192,5% maior que o de 2018, quando foram encontrados 40 focos de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Infocenter -

Em 2019, o número de focos dos mosquito Aedes em Pelotas aumentou 192,5% em relação ao ano anterior. No total, foram 117 novos pontos encontrados das espécies aegypti e albopictus, contra 40 em 2018. No total, oito suspeitas de dengue foram registradas, com três casos confirmados. Nenhum destes autóctone, quando a doença é contraída no município. Até o décimo dia de 2020, um foco dos mosquitos que podem ser transmissores de doenças como a dengue, chikungunya e zika, já havia sido encontrado no bairro Simões Lopes.

"Foi um ano atípico em todo o estado", afirma a chefe da Vigilância Ambiental em Saúde (VIGIAMS), Isabel Madrid, salientando que o aumento ocorreu em todo o estado. Do total encontrado em 2019, 60%, ou seja, 70 focos, pertenciam à espécie albopictus, com maior incidência no Balneário dos Prazeres, 41, e no Centro, 21. Isabel explica que o albopictus é mais encontrado em locais que apresentam mais vegetação. "Eles preferem esses pontos", afirma. Entre a espécie Aedes Aegypti, o número de casos foi maior nas regiões do Fragata, com 29, e do Porto, com 12. Apesar do número, nenhum caso autóctone foi registrado no município. Foram oito casos suspeitos notificados, com 3 confirmados para dengue e outros cinco descartados. No Rio Grande do Sul dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde mostram que o estado teve 1.689 suspeitas por dengue notificadas, 96 por chikungunya, e 35 casos de Zika sem nenhuma morte registrada. O período analisado é referente aos dias 30 de dezembro de 2018 e 7 de dezembro de 2019.

Estratégias contra o mosquito

"Sempre conseguimos eliminar os focos", conta Isabel, ressaltando que a fiscalização já vem sendo intensificada desde o ano passado, com as visitas realizadas pelas cinco equipes da Vigilância, formada por 37 agentes ambientais. Quando um foco é registrado ou há um caso suspeito de doenças transmitidas pelo aedes, uma equipe é deslocada ao local, para a realização da Pesquisa Vetorial Especial (PVE). O procedimento está sendo efetuado no local em que foi encontrado um foco no bairro Simões Lopes e prevê a aplicação de produto químico no respectivo quarteirão, além da delimitação de um raio de 300 metros, para realização de visita domiciliar. Outro método é a utilização de armadilhas espalhadas por pontos do município, que consistem em pneus cortados ao meio, com a presença proposital de água acumulada. Por ser rugoso e escuro, o local é um dos preferidos dos mosquitos Dessa forma, é possível monitorar, a cada sete dias, a incidência e efetuar um melhor controle de ações necessárias para prevenção e controle. Conforme Isabel, os dispositivos são instalados em locais com acesso diários de pessoas e veículos oriundos de outros municípios, como empresas de transporte e transportadoras. Ela lembra que, em intervalos de 15 dias, também são realizados os monitoramentos de pontos estratégicos, como ferros velhos. "Esses locais, que apresentam presença de água constante, podem indicar a incidência de focos do mosquito em pontos próximos", conta.

Atenção à pequenos recipientes

A chefe da VIGiams alerta que os cuidados necessários para a diminuição da incidência do mosquito devem ser tomados para evitar o acúmulo de água parada tanto em grandes quanto em pequenos objetos. "O alerta também é válido para garrafinhas, tampas, e brinquedos de criança, por exemplo, que não recebem tanta atenção". A atenção deve ser voltada para recipientes como baldes, lixos, bebedouros de pequenos animais, vasos de plantas, e outros locais com acúmulo de água parada, que devem ser limpos ao menos uma vez por semana.

Brasil registra aumento em casos de dengue

Conforme o Ministério da Saúde, foram notificados, no Brasil, 1.527.119 casos prováveis de dengue em 2019, entre 30 de dezembro de 2018 e 7 de dezembro de 2019. O número é o segundo maior desde o início da série histórica, em 1990, e representa um aumento em relação à 2018, quando foram 247.393 durante o mesmo período. A região Centro-Oeste foi a que apresentou maior incidência a cada 100 mil habitantes, com 1.318,3 casos e Minas Gerais foi o estado com mais notificações registradas, com 483.470 suspeitas. No ano passado, houve 754 óbitos no Brasil decorrentes de dengue e 95 por chikungunya, com maior letalidade entre pessoas com mais de 60 anos. Para a última doença, o número de casos notificados chegou à 130.820, e foi de 10.741 casos prováveis para o Zika, com três óbitos.

Fique atento aos sintomas da dengue

Febre alta, maior que 38.5ºC
Dores musculares intensas
Dor ao movimentar os olhos
Mal estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo

Fonte: Ministério da Saúde.

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